“O homem não teceu a Teia da Vida, ele é dela apenas um fio.
O que ele fizer para a Teia, estará fazendo para si mesmo.
O que ele fizer para si mesmo, estará fazendo para a Teia.”
(Chefe Seattle)
O que ele fizer para a Teia, estará fazendo para si mesmo.
O que ele fizer para si mesmo, estará fazendo para a Teia.”
(Chefe Seattle)
Nestes dias ficou impossível não refletir sobre a catástrofe que assolou o Japão.
Um terremoto, em escala elevada, em alto mar produziu um tsunami de proporções devastadoras, com conseqüências incalculáveis até o momento. Perdas humanas e materiais que chocam a todo o momento que aparecem na TV.
No discurso do senso comum, o que se ouve é que ‘a natureza esta cobrando sua fatura pelos excessos da civilização,”o que não está totalmente errado. É lícito pensar que quando algo de tal magnitude se manifesta, somos afetados de uma maneira global.
Sentimo-nos fracos, tanto materialmente quanto psicologicamente.
Mas, podemos pensar também que a natureza está fazendo suas acomodações internas independente de nós, míseros habitantes racionais deste planeta.
As camadas tectônicas em movimento podem ser vistas como ciclos mais agressivos, yang como diriam os chineses, de movimentos mais bruscos que fazem parte dos processos dinâmicos da vida do nosso planeta, e que nossa inteligência não consegue alcançar. Dividi-la em partes e saber a constituição dos seus materiais componentes é insuficiente para obtermos uma resposta adequada que traga um conforto de que tsunamis podem ser detectados e controlados.
Nossa ciência não é nada perto de uma onda gigante. Tão simples. Feita apenas de água, mas com uma energia poderosíssima.
A simplicidade é algo que já ficou distante de nós a muito tempo. Ironicamente a tragédia em questão aconteceu em um país onde as práticas milenares de filosofia ligadas à natureza são ainda freqüentes.. Exemplo disso é o Zen-budismo japonês.
Seus praticantes sabem muito bem lidar com fenômenos naturais, pois a conexão homem- natureza é sua pratica diária.
Mas que de qualquer forma tem que se submeter à mudança do sistema maior ao qual pertence, que é a Terra. Neste ponto nos deparamos com a idéia sistêmica colocada por Fritjof Capra no livro “Ponto de mutação” onde ele desenvolve a idéia de que todos os sistemas estão interligados, o que foi muito desconsiderado na nossa cultura ocidental que preza principalmente o cientificismo, materialismo e individualismo. Nesse momento nós podemos também observar como os sistemas humanos estão totalmente interligados, pois nós, aqui do outro lado do mundo, somos tocados por este acontecimento e nossa subjetividade é impelida a se rever pensando na catástrofe no Japão.
Antônio, Débora e Mariza.
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