"Todos nós conhecemos o som de duas mãos quando aplaudem, qual seria o som de uma única mão?"

quinta-feira, 31 de março de 2011


                                               As Ecologias


O conceito de ecologia evoluiu muito ao longo do tempo.  Podemos pensar em um conceito biológico como relação de um determinado organismo com o seu meio orgânico e inorgânico e também como uma área do conhecimento humano que trata do relacionamento humano com todos os fatores possíveis de afetar seu desenvolvimento.
A idéia de uma única ecologia já não da conta da multiplicidade de relações e influências que a humanidade exerce no planeta. O meio científico já produziu teorias mais do que suficientes para tornar a vida na terra mais do que satisfatória para toda a população.
O que está faltando para que sejam postas em prática?
Nosso estilo de vida já esta tão grudado no modelo do capitalismo consumista, que não mais podemos nos livrar?
Para que poucos usufruam de muito, muitos precisam usufruir de quase nada.
Esse é o problema. DESEQUILÍBRIO.
Uma ecologia que dê conta de nosso momento tem que estar direcionada para eliminar as grandes diferenças.
Os obstáculos são interiores. Novos paradigmas de orientação que valorizem uma relação mais respeitosa com o nosso planeta precisam ser cultivados. Novos corações e mentes, ligados mais à arte e menos na ciência, podem produzir uma subjetividade nova que elimine esses obstáculos que a tanto tempo impedem que possamos atingir um grau de satisfação maior dos seres humanos de todo o planeta.
Enquanto isto não acontece podemos começar com nós mesmos eliminando aqueles preconceitos que nos impedem de nos relacionarmos com aquilo que é diferente de nós.


quinta-feira, 17 de março de 2011

Reflexões: Tsunami e o ponto de mutação

“O homem não teceu a Teia da Vida, ele é dela apenas um fio.
O que ele fizer para a Teia, estará fazendo para si mesmo.
O que ele fizer para si mesmo, estará fazendo para a Teia.”
(Chefe Seattle)


Nestes dias ficou impossível não refletir sobre a catástrofe que assolou o Japão.
 Um terremoto, em escala elevada, em alto mar produziu um tsunami de proporções devastadoras, com conseqüências incalculáveis até o momento. Perdas humanas e materiais que chocam a todo o momento que aparecem na TV.
No discurso do senso comum, o que se ouve é que ‘a natureza esta cobrando sua fatura pelos excessos da civilização,”o que não está totalmente errado. É lícito pensar que quando algo de tal magnitude se manifesta, somos afetados de uma maneira global.
Sentimo-nos fracos, tanto materialmente quanto psicologicamente.
Mas, podemos pensar também que a natureza está fazendo suas acomodações internas independente de nós, míseros habitantes racionais deste planeta.
As camadas tectônicas em movimento podem ser vistas como ciclos mais agressivos, yang como diriam os chineses, de movimentos mais bruscos que fazem parte dos processos dinâmicos da vida do nosso planeta, e que nossa inteligência não consegue alcançar. Dividi-la em partes e saber a constituição dos seus materiais componentes é insuficiente para obtermos uma resposta adequada que traga um conforto de que tsunamis podem ser detectados e controlados.
Nossa ciência não é nada perto de uma onda gigante. Tão simples. Feita apenas de água, mas com uma energia poderosíssima.
A simplicidade é algo que já ficou distante de nós a muito tempo. Ironicamente a tragédia em questão aconteceu em um país onde as práticas milenares de filosofia ligadas à natureza são ainda freqüentes.. Exemplo disso é o Zen-budismo japonês.
Seus praticantes sabem muito bem lidar com fenômenos naturais, pois a conexão homem- natureza é sua pratica diária. 
Mas que de qualquer forma tem que se submeter à mudança do sistema maior ao qual pertence, que é a Terra. Neste ponto nos deparamos com a idéia sistêmica colocada por Fritjof Capra no livro “Ponto de mutação” onde ele desenvolve a idéia de que todos os sistemas estão interligados, o que foi muito desconsiderado na nossa cultura ocidental que preza principalmente o cientificismo, materialismo e individualismo. Nesse momento nós podemos também observar como os sistemas humanos estão totalmente interligados, pois nós, aqui do outro lado do mundo, somos tocados por este acontecimento e nossa subjetividade é impelida a se rever pensando na catástrofe no Japão.





Antônio, Débora e Mariza.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Começaremos em breve !!

Antônio, Débora e Mariza preparam surpresas para os próximos capítulos desta saga emocionante que tem sido nossos dias como estudantes de Psicologia. Vamos entrar no mundo das diversidades, tentando dar conta das singularidades.